A profissão farmacêutica está entre as mais antigas na área de saúde. Durante o século XX a profissão foi muito associada à figura do até então conhecido boticário, responsável pelo preparo e comércio de produtos medicinais. Depois de estabelecida a figura do farmacêutico, esta ainda estava intimamente vinculada ao ciclo de obtenção, preparo e variadas análises de medicamentos, logo, a preocupação central deste profissional era o medicamento. Naquele momento o foco era quase que exclusivamente a garantia de aspectos vinculados a qualidade destes, e em segundo plano, mas também de forma representativa, estava a oferta de cuidados aos usuários de medicamentos e produtos farmacêuticos. No entanto, em pouco tempo o setor industrial farmacêutico apresentou grandes avanços tecnológicos e científicos, sendo a formação farmacêutica, talvez tendenciosamente direcionada para subsidiar as necessidades deste setor. Este fato acelerava também o afastamento do profissional farmacêutico dos cuidados direcionados aos pacientes (SANTOS, 1999). Desta forma, para reinserção deste profissional junto aos profissionais que tradicionalmente promoviam o cuidado dos pacientes seriam necessárias alterações direcionadas na formação deste profissional, assim, surgia em território norte americano, na década de 1960, o termo Farmácia Clínica. Naquele momento, a definição norte americana para o termo seria: “ciência da saúde, cuja responsabilidade é assegurar, mediante a aplicação de conhecimentos e funções relacionadas com o cuidado dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e apropriado, e que necessita de educação especializada e treinamento estruturado. Requer, além disso, que a coleta e interpretação de dados seja criteriosa, que exista motivação pelo paciente e que existam interações interprofissionais”. Nesta ampla definição, fica evidente a abordagem sobre desejável e necessário acompanhamento farmacoterapêutico, associado à especialização em conteúdos com subsídio para adequada farmacoterapia. Esta prática recoloca o paciente como foco e não mais o medicamento como alvo principal das atividades farmacêuticas, caracterizando a prática clínica farmacêutica (HIGBY, 2002; STORPIRTIS et al., 2008; ANGONESI et al., 2010). Já em território brasileiro as universidades direcionavam a formação profissional para subsidiar o crescimento tecnológico, atribuindo aos egressos um perfil tradicionalmente tecnicista e muito distante da realidade assistencialista. Sendo assim, na década de 1980, ou seja, 20 anos depois da iniciativa norte americana, iniciava-se a discussão sobre o perfil de profissional farmacêutico egresso das universidades brasileiras. Passados 10 anos do início das discussões sobre o assunto, surgiria no final da década de 1990, de forma um pouco mais clara e organizada, as primeiras atividades de características assistencialistas desenvolvidas por farmacêuticos em território nacional. (STORPIRTIS et al., 2008). Já no ano de 2002 foram estabelecidas as necessidades de grandes alterações na estrutura curricular dos Cursos de Graduação em Farmácia em território nacional. Mediante tais diretrizes os egressos de todos os cursos de Graduação em Farmácia passariam a ter sua formação generalista, além disso, era bem clara a tentativa de inserção de forte lado assistencialista e de atuação multidisciplinar e interdisciplinar. Assim sendo, a inserção de disciplinas vinculadas ao lado assistencial e de cuidados foram marcantes, porém talvez possa ser questionada sobre a capacidade de permitir a este egresso a participação efetiva em alguns campos específicos de atuação. É possível especular também que a inserção de um ciclo básico de disciplina de farmacologia em conjunto com disciplina de Farmácia Clínica e/ou Atenção Farmacêutica não seja substancial para permitir ao egresso de fato desenvolver tais atividades que envolvem variadas habilidades e competências para assistência a grupos específicos de pacientes como gestantes, pacientes pediátricos, oncológicos, idosos e pacientes críticos (BRASIL, 2002). Somente 15 anos depois, final de 2017, tivemos novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em Farmácia com um lado assistencial mais direcionado. No entanto, pelo prazo de vigência dessas novas Diretrizes os futuros profissionais ainda começarão a entrar no mercado após 2022. Este fato ressalta a importância de trabalhar o desenvolvimento da prática da Farmácia Clínica de maneira difusa por todo o país. Neste sentido é possível imaginar que a oferta de Cursos de Pós-Graduação LATO SENSU poderia exercer papel crucial para permitir aos egressos acompanhar as necessárias mudanças e qualificação continuada da qual trata estas diretrizes. Várias competências e habilidades estabelecidas nas diretrizes anteriormente mencionadas seriam capazes de caracterizar a complexidade da prática de idealização de uma adequada farmacoterapia. Esta prática direcionada pela participação do profissional farmacêutico já teve sua efetividade e importância demonstrada em vários estudos internacionais e desenvolvida em diferentes áreas clínicas de menor e maior complexidade (LEAPE et al., 1999; HAMMES et al., 2008; SIMPSON et al., 2004). Mesmo mediante participação destacada do farmacêutico clínico e caracterizada como de grande relevância para diferentes perfis de pacientes, trabalhos mais recentes já discutem habilidades e competências que contribuem de maneira específica para atividades hospitalares e clínicas que garantam melhor performances nas atividades clínicas farmacêuticas (FERNANDES et al.; 2015; KRZYZANIAK et al.; 2019; LOPES et al., 2021). Assim sendo, frente às necessidades explicitadas, este projeto tem o objetivo de estabelecer um curso de pós-graduação em Farmácia Clínica, cujo conteúdo é voltado para uma aplicação de conceitos fundamentado no que há de mais atual na área e direcionamentos para atividades vinculadas ao acompanhamento farmacoterapêutico em diferentes grupos de pacientes, incluindo os pacientes críticos adultos, pediátricos e neonatos.
OBJETIVOS GERAIS
Especializar profissionais farmacêuticos para o exercício de atividades clínicas em ambiente hospitalar voltado para pacientes de perfis variados, incluindo pacientes adultos e pediátricos de unidade de terapia intensiva.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O curso pretende desenvolver os seguintes objetivos específicos:
Graduados em Farmácia.
A Pós-Graduação UNIVÉRSILA é credenciada na modalidade a distância pela Portaria do MEC nº 418, de 27 de março de 2017.
Curso: O curso é composto por disciplinas específicas que abordam os conteúdos mais recentes e relevantes da área. Cada disciplina conta com e-book, leituras complementares (artigos / teses de suma importância para a área) e videoaulas que poderão ser visualizadas/assistidas de acordo com a sua disponibilidade.
O curso é ofertado de acordo com a Resolução do CNE/CES nº. 01, de 06 de abril de 2018.
Sistema de Avaliação: cada disciplina é composta por média ponderada entre duas notas ou mais.
Prova Final Online: esta avaliação é obrigatória e acontece ao final do curso.
A média de aprovação corresponde a 7,0 (sete inteiros) e é aplicável para cada disciplina e para a prova final - online.
Pré-requisitos:
Matrícula:
1. Faça a inscrição para o curso de interesse;
2. Efetue o pagamento da matrícula;
3. Clique Aqui para acessar a Área do Candidato: Login: e-mail cadastrado e Senha: CPF (somente os números)
4. Faça o UPLOAD dos documentos necessários para fins de matrícula.
Processo para Matrícula:
Documentos Necessários (Digitais)
ATENÇÃO: Permanece obrigatório o upload dos documentos para efetivação de matrícula e emissão de certificado. A foto 3x4 e a certidão de nascimento ou casamento poderão ser encaminhadas posteriormente até a conclusão do curso.
Documentos Provisórios: *Na ausência do diploma e/ou histórico da graduação, apresentar a declaração de conclusão de curso junto ao termo de responsabilidade. Nesse documento é obrigatório constar que houve a conclusão da Graduação e a data de colação grau.
CNHs e Carteirinhas de Conselhos serão aceitas somente no ato da inscrição.
Para mais informações entre em contato com nossa Central de Atendimento - Suporte ao candidato.
De acordo com a nova resolução do CNE/CES nº. 01, de 06 de abril de 2018, o desenvolvimento e a entrega do Trabalho de Conclusão de Curso (bem como o encontro presencial) deixaram de ser obrigatórios para os cursos de pós-graduação Lato Sensu.
O Certificado de Conclusão – mesmo sem a entrega do TCC – oferece o mesmo valor para o Ministério da Educação.
* Possíveis processos seletivos podem exigir o cumprimento da Pós-Graduação com o Trabalho de Conclusão de curso, é necessário a análise dos editais por parte do candidato.