O impacto da pandemia na aprendizagem de estudantes universitários indígenas
Publicado em: 29 / 03 / 2021
Um dos grupos sociais mais afetados pela pandemia de Covid-19 é o grupo indígena, especialmente em educação e treinamento.
Os alunos indígenas tiveram dificuldades desde o início para relatar problemas. Por exemplo, Maria da Penha, universitária de 25 anos, disse que enfrentou vários problemas para continuar participando dos cursos de serviço social da Universidade de Brasília (UnB). Desde o início do ensino superior em 2019, a aluna indígena faz parte do povo Atikum e mora em Brasília.
Com o início da pandemia, ela teve que deixar a Capital Federal em março do ano passado e voltar para a aldeia Carnaubeira da Penha, no sertão de Pernambuco.
No último mês de agosto, surgiram dificuldades (como falta de computadores e péssima conexão à Internet). O fato é que os problemas de conectividade geralmente afetam até mesmo os alunos que vivem em centros urbanos e, para aqueles que vivem em áreas rurais ou terras indígenas, os problemas de conectividade se desenvolverão ainda mais.
Maria da Penha disse que por causa desse problema ficou alguns dias ausente das aulas, pois não conseguia se conectar. Milhares de outros universitários indígenas do país enfrentam problemas como os da Penha.
O aprendizado à distância improvisado durante a pandemia encontrou alguns problemas, como falta de equipamentos eletrônicos, internet de baixa qualidade, falta de apoio ao ensino e vagas insuficientes para os alunos estudarem. Os especialistas não têm um bom prognóstico para essa situação. Eles acreditam que a inclusão de indígenas na educação a distância sempre foi extremamente perigosa.
Considerando que devido ao agravamento da situação pandêmica no Brasil nos últimos meses, muitas instituições de ensino estão enfrentando a incerteza da volta dos cursos presenciais, e esse problema deve durar mais.
[Fonte: G1 // Educação]