É preciso contar, também, com o impensável. Candidatos do Brasil todo, que esperavam, ansiosamente, pela possibilidade de pleitear – por meio da pontuação do Enem – uma das 237 mil vagas em universidades federais do país tiveram, no último sábado, 18 de janeiro, uma desagradável surpresa:  o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reconheceu a existência de "inconsistências" na correção dos gabaritos da edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio.

Traduzindo as “inconsistências”: quem fez prova de uma cor teve o gabarito corrigido como se fosse outra cor.

Dá para acreditar?

Pois é...

Tal informação vir a público às portas da abertura do prazo de inscrição para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é, realmente, para deixar qualquer um – como se diz por aí – de “cabelo em pé”.

O que está em jogo é o sonho de acesso à graduação de 3,9 milhões de pessoas que fizeram as provas em 3 e 10 de novembro do ano passado. Muitos desses candidatos – sem recursos para acessar o ensino particular  – realizaram os testes ambicionando estudar em uma universidade federal.

Apesar do revés, o período de inscrições para o Sisu foi mantido. Começa amanhã, terça, dia 21/01, e vai até a próxima sexta, dia 24/01. 

Assim que identificou o problema, o MEC foi rápido em divulgar que a questão será resolvida e – tentando minimizar o imponderável – garantiu que os atingidos pelo erro não chegam a 9 mil em um universo de quase 4 milhões de candidatos.

Se o número, fechado, é realmente este, são nove mil que, certamente, englobam muitos que precisaram morar em outra cidade para fazer cursinho, pagar aulas e estudar muito. Nove mil que, talvez, precisaram mudar suas vidas por um ano e agora se deparam com uma pontuação que não condiz com a preparação, com o investimento empenhado.

Aos atingidos só resta aguardar para ver qual será a solução adotada. Nós, do Universila, torcemos para que você não esteja entre os afetados. E, se estiver, nos solidarizamos torcendo para que a melhor solução seja encontrada. E logo.

Além do Sisu, a pontuação do Enem pode ser usada para ingresso em outras universidades (incluindo instituições em Portugal), além de ser considerada em programas de apoio do Governo (como o Prouni, que oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares, e o Fies, que financia o pagamento de mensalidades). 

[Fonte: Globo.com / Educação]