Crianças expostas à violência prejudicam sua capacidade de aprender.

Crianças expostas à violência prejudicam sua capacidade de aprender.

Publicado em: 04 / 06 / 2022


Difícil isso ter resultados positivos, não é? Vem ver os que as pesquisas dizem.

Pois bem, estudo recente desenvolvido pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul mostra que há mudanças importantes no desenvolvimento de crianças pequenas expostas à agressividade.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram cerca de 70 alunos de 10 a 12 anos de escolas públicas de Porto Alegre.

O estudo avaliou o impacto do comportamento criminoso na aprendizagem e na função cerebral. Como “campo de avaliação”, foram selecionadas comunidades com altos níveis de violência.

O trabalho foi publicado na revista científica internacional "Development Science" e faz parte do projeto VIVA (Vida e Violência na Adolescência).

Augusto Buchweitz, pesquisador do InsCer, disse que este é o primeiro estudo de neuroimagem a investigar como o comportamento violento afeta o cérebro de crianças na América Latina.

“No hemisfério direito do cérebro, temos uma rede regional. Quando eu olho para uma pessoa e preciso interpretar seus sentimentos, essa rede é ativada. É automática. Entre essas crianças, quanto mais são expostas ​​à violência, mais essa rede é desativada e não liga quando for necessário ligar.", disse o pesquisador.

Após preencher o questionário sobre exposição ao abuso, todas as crianças foram submetidas à ressonância magnética. Durante o exame, todos os indivíduos viram os dois olhos e foram solicitados a determinar o estado das pessoas na foto.

As crianças têm que dizer se a pessoa na foto está feliz, triste ou cansada.

Acontece que as crianças cometem muitos erros ao decidir sobre as emoções dos rostos apresentados. Apenas 60% das pessoas acertam. Segundo pesquisadores, no Chile, a violência de crianças de 11 anos no Brasil é comparável à de 16 a 18 anos.

Sim, isso é muito sério.

Alterações que representam funções cerebrais atípicas são indicadores de risco para transtornos de humor e ansiedade. Essas modificações prejudicarão especialmente a capacidade de aprendizagem dos alunos.

[Fonte: G1 // Rio Grande do Sul] 

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