Ensino Fundamental problemático e Ensino Médio fraco: as falhas na Educação brasileira são explícitas. O conserto requer empenho real de todos os envolvidos com o processo
Se alguém te pedisse para discorrer sobre a Educação no Brasil, o que você diria?
Qual seria o seu diagnóstico para a situação que o ensino atravessa em nosso país?
Se você mencionou que - lá no comecinho da vida escolar - os alunos não saem bem alfabetizados ao término do primeiro ano do Ensino Fundamental e que, em decorrência disso, quase que certamente não vão apresentar trajetória escolar adequada, acertou em cheio.
Mas não para por aí, não.
Se avançarmos mais um pouco no processo de educação de um estudante e chegarmos ao Ensino Médio perceberemos que - hoje - este é voltado, única e exclusivamente, para um "monstrengo" chamado vestibular, seja o ENEM ou as provas específicas de determinadas universidades.
Mas o que, de fato, os estudantes aprenderam? Reformulando a pergunta, eles conseguiram aprender alguma coisa tendo de dar conta de tantas disciplinas?
A - triste - verdade, nua e crua, é que nosso Ensino Fundamental é ineficiente e nosso Ensino Médio é fraquíssimo se comparado ao do resto do mundo. Neste último, por conta do excesso de matérias, a abordagem é sempre superficial, os alunos não se aprofundam no que sabem bem, muito menos no que gostam.
Como esperar que universitários - resultantes de tal processo - possam se tornar, futuramente, grandes profissionais no mercado de trabalho?
Difícil.
A tão decantada reforma do Ensino Médio até tinha boa intenção, se propunha a promover a diversificação da etapa com uma vertente acadêmica e outra profissionalizante. Porém, a lei foi redigida de forma tão confusa que permanece a ideia de que estudantes precisam percorrer conteúdos de um sem número de matérias.
[Fonte: Veja.com]