Dia de ir à Pasárgada...

"(...) Eu possa dizer do meu amor (que tive): / Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure."

"Minha terra tem palmeiras / Onde canta o Sabiá / As aves, que aqui gorjeiam / Não gorjeiam como lá (...)"

"E agora, José? / A festa acabou / a luz apagou / o povo sumiu / a noite esfriou / e agora, José? / e agora, Você? / Você que é sem nome / que zomba dos outros / Você que faz versos / que ama, protesta? / e agora, José?...(...)"

Reconhece estes versos?

Eles pertencem a algumas das mais famosas poesias brasileiras.

O primeiro trecho é parte do "Soneto da Fidelidade", de Vinícius de Morais, o segundo da "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias, e o terceiro de "José", de Carlos Drummond de Andrade.

Diga aí...quem já não leu pelo menos uma delas para algum trabalho de escola?

Pois é, mas para que elas pudessem existir e encantar gerações foi preciso que alguém as imaginasse.

Esses "alguéns" imaginativos são os poetas, artistas escritores que - de posse de criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever - emocionam, fazem rir e chorar com suas produções artísticas.

Dada a sua importância para o incentivo à leitura, à escrita e à publicação de obras poéticas nacionais, nada mais justo do que a atividade merecer uma data especial no calendário.

Hoje, dia 20 de outubro, comemoramos o Dia do Poeta.

A celebração é extraoficial, não consta no anuário nacional como festividade tradicional, mas o registro é mais do que justo. Os poetas são aqueles que, por meio da sensibilidade, aquecem a frieza do cotidiano, enternecem, comovem os que têm acesso às suas obras.

A data escolhida para prestar tributo a esses artesãos das palavras é especialmente importante para os poetas brasileiros. É que em um 20 de outubro (de 1976) surgiu, em São Paulo - na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia - o Movimento Poético Nacional.

Passados quarenta anos, neste 20 de outubro de 2016 A Universila parabeniza todos os poetas brasileiros e agradece por levarem - por meio da organização exímia de palavras - emoção e possibilidade de expansão de ideias àqueles que usufruem de seus "feitos".

E você aí? Conta para a gente, gosta de escrever? Já deu vazão ao(a) poeta que mora aí dentro? Poesia é o bálsamo da alma. Basta colocar os sentimentos na ponta dos dedos e......!

Ah! A propósito...o lugar citado no título faz referência a outra poesia famosíssima brasileira, "Vou-me Embora Para Pasárgada", de Manuel Bandeira. Já leu? É linda!